O projeto gráfico do livro passa pela escolha adequada da fonte, do papel, da quantidade de páginas, das entrelinhas. Passa pela criação de conceitos visuais. Esses elementos, associados, criam a identidade do livro. O papel do design é fundamental nessa construção. Em jogo, questões técnicas e estéticas, da capa ao miolo.
O livro O Manto de Sadhu: uma viagem mística à Índia, de Adriana Marques, foi confiado à Casa da Mão. Resultou em um projeto gráfico consistente. Tornou-se um objeto singular.
Decisões gráficas criam unidade na busca da harmonia entre forma e conteúdo. Definem o modo como se organizam e dialogam os diferentes elementos de cada página e o conjunto dessas páginas em uma unidade, o próprio livro. Esse equilíbrio, ou mesmo a quebra dele em determinados momentos, produz uma estrutura com ritmo próprio, estabelecendo comunicação clara, imediata e agradável entre autor e leitor. Aqui, o artista gráfico (expressão de Emanuel Araújo) dá forma coerente e imprime sentido a elementos dispostos no espaço de cada folha.
O que vemos, como vemos influencia o que entendemos e o que sentimos diante da composição. A informação visual sugere possibilidades de fruição, com sinais e com convenções que podem motivar o envolvimento do leitor. Mais do que decoração, a organização de elementos na página faz a diferença entre comunicar ou confundir.
A ilustração é um dos elementos mais importantes do design gráfico. Neste caso, criações da própria autora, também artista plástica, assumem papel tão importante quanto o texto. Em outros momentos, são independentes dele. Falam por si. São a informação principal.
O livro é uma aventura, no texto e no projeto visual. Aventura criada por dois artistas plásticos, Adriana Marques, a autora, e Newton Scheufler, o designer da Casa da Mão.
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